São tão diferentes as sensações diante de uma obra de arte! E ela se agiganta na proporção dos sentimentos que o apreciador expressa, uma vez tomado de espanto diante dela! Tudo da obra se “liberta” dela e pra ela retorna! Este instante em que sai de si a beleza, seja ela triste ou alegre, cicatriza-se nos olhos de quem vê!
Já estive diante de muitas delas. Com algumas libertei sorrisos desequilibrados! Diante de outras dançaram meus pelos no palco de meu corpo! Há aquelas que me incomodaram gerando um silêncio monástico... Tantas outras arrancaram, visceralmente, lágrimas que, de tão engravidadas, fertilizaram a alma! Esta revolução se aloja no corpo-vida pra reclamar a grandeza da simplicidade que nem sempre enxergamos...
Diferentes obras de arte poderiam ser listadas aqui, mas nesta quarta feira revi, pela décima vez, um triste e belo curta-metragem de nome “Vida Maria”. Este curta, como define o Diretor Marcos Ramos “mostra personagens e cenários modelados com texturas e cores pesquisadas e capturadas no Sertão Cearense, no Nordeste do Brasil, criando uma atmosfera realista e humanizada. Maria José, uma menina de 5 anos de idade, é levada a largar os estudos para trabalhar. Enquanto trabalha, ela cresce, casa, tem filhos e envelhece...
Tratando de aspectos como a educação, a tradição, a cultura, a família, dentre outros, nos revela a beleza que pode haver na tristeza e a tristeza companheira da beleza.
Mas em que dimensão se encontra o belo no triste ou a tristeza na beleza? Não ouso responder! Não quero! Adoro músicas e filmes tristes só por que a beleza existe! Vejo a alegria como a beleza dançando! Não sei se “todo grande amor só é bem grande se for triste” tampouco se o “poeta só é grande se sofrer”... o que sinto é beleza escorrendo nas veias de uma imagem exuberante da tristeza bela de Maria... mistura-se, portanto, o triste e a felicidade... há uma felicidade diante da obra triste! Não sei descreve-la no instante...
Acho que vou para por aqui...
Cheiro de silêncio...
É isso...
ResponderExcluir8 minutos e uns poucos segundos (isso dá um baita trabalho na animação) de emoção e envolvimento...
A arte faz essas coisas...
Aliás, será que a beleza tem dimensão?
Já viram "Morte em Veneza"?
Valeu!
Chikito
Beleza, tristeza, sofrimento, enfim...
ResponderExcluirTudo isso faz parte integrante da vida.
Impossível viver sem tudo isso, consigo perceber isso no olhar de Maria. O rosto chupado de tanto de tanto camelar, porém o olhar altivo de quem é forte, bela, teimosa... Assim é viver. Vamos em frente... Boa Gilson.
Oi Chico!
ResponderExcluirVi o filme Morte em Veneza e fui ficando triste como o personagem...mas a beleza ficou tatuada.
Cheiro de mar
Luiza.
ResponderExcluirLevarei o filme no sábado.
Poderiamos abrir nosso encontro com ele.
Será a 11ª vez em que assistirei.
É assim quando a beleza nos consome!!
cheiro de teimosia
Já se disse, diz-se e se dirá, ainda, muito do que é ser modelo belo.Esse conceito liso, escorregadiço, descansa e escapa pelo alívio e pela dor,pela alegria e pela dor. Na música então, é uma dubiedade tremenda! Os próprios momentos do corpo e da alma, guardam, cada um, a beleza e a dor que lhe são convenientes, acidentais ou consequenciais.
ResponderExcluirUm comentário bem simples...A D O R E I !!!!
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