Jardins existem.
Alguns são apenas por serem, por florirem.
Jardins são jardins pela estética que produzem,
Pela explosão de seu propósito ou, tão somente, por seu estado de graça.
Jardins existem.
Também existem jardins imaginários que, de qualquer modo: sim, eles existem...
Inventados para o adorno dos sonhos de quem os vê ou mesmo de quem os vive.
Jardins também podem parecer com um amontoado de casebres,
E assim mesmo são Jardins.
E, ainda, contraditoriamente, podem ser floridos,
Muito embora quase sempre não o sejam
Mas, de algum modo o são, mesmo que na primavera de uma conquista.
No domínio de um pedaço de chão onde se possa recostar e ter-se como próprio
Para cobrir-se do frio e do sol, para compor a própria estética e compor-se de gente.
Jardins existem.
Alguns são ungidos pelas batalhas conquistadas e floridos com tamanha delicadeza
Que parecem naturalmente moldados ali pela interferência divina,
Ou pelo toque etéreo de tamanha força, de tanta esperança e de imenso prazer.
Jardins são jardins.
Por vezes floridos, por outras, inibidos e algumas, esquecidos.
No entanto, permanecem jardins.
Robustos em sua roupagem.
Simples em sua sutileza.
Completos em sua conquista.
Jardins sempre existirão.
De flores e arbustos esculpidos pelo impulso da terra,
Ou plastificados pela massa humana que, inexplicavelmente,
Não pode mais mantê-los vivos.
Jardins podem emanar-se na imensidão de um campo vasto e fértil.
Jardins podem conter o mesmo significado em apenas uma única flor e seu adorno.
Quando dizemos jardim, dizemos, enfim,
Delicadeza...
11/08/2011 – 23:50
Chiquinho Silva
Escrita especialmente dedicada à Iza e ao Dagô, aos amigos do
Coletivo Cultural Pegando o Gancho, num brinde ao encontro vivido...
Chiquinho, você é um lindo mesmo! Fechou com chave de ouro a série em homenagem ao nosso Sarau! Essa ode ao jardim tão densa! Você é um grande e lindo poeta. Deus te abençoe querido!
ResponderExcluirA seleção de fotos nesse vídeo foi emocionante, muito! Que momentos marcantes e, agora, graças a essa sua postagem também documentados nesse espaço tão bacana e nos nossos corações! Merci beaucoup!
Grande são as pessoas de coração sensível!
ResponderExcluirÉ preciso sensibilidade para ter percepção.
Na sua pequenez existe algo infinito, indescritível, profundo...
Se pensei que a Isa e o Dagô tinham fechado com chave de ouro a semana de considerações ao Sarau, você a reabre na continuidade das considerações. Te amo por tudo isso.
Eu adorei! Pude matar um pouco da saudade dos amigos...daqueles que ficam mesmo qdo nós nos vamos. Bjos. (Chico vc é muito querido!!)
ResponderExcluirUma postagem primorosa!
ResponderExcluirEsta semana tornou-se simbolo de sensibilidade!
Cheiro de chuva batizando a terra para sua fertilidade!
Início de tarde de domingo. Muito frio lá fora. Valeu ter tirado meu neto da frente do seu próprio computador para entrar no blog. Muito calor em minha alma. Chiquinho, você é uma brasa, mora!!!
ResponderExcluirMarli Pereira
Adorei a postagem Chico. Show de bola o vídeo e o texto.
ResponderExcluirOlá povo do Coletivo
ResponderExcluirDe cá, fico imagindo o recitar dos escritos desta semana, fruto do Jardim da Esperança, envolvida pelas lembranças de uma noite com vocês, rápida, tímida, abestada....
Quando lemos um poema, lemos também o poeta. Dagô-sto ler!
É lindo ler e conhecer vocês.
Agora, só quero ir à São Paulo, quando for dia de Sarau!
Vocês são muito bons!
Apenas hoje consegui tempo para ler os escritos da semana e ficar encantada!
Um cheiro de Ceça Reis
Évero amico mio,eu que amo, sonho e mecho com lantas sei de seus timbres, texturas, cheiros, belezas e despropósitos. Amo-as juntas num coletivo ajardinado! beijos
ResponderExcluirGENTE, a Ceça Reis é minha irmã.
ResponderExcluirQue comentario lindo que ela fez... claro! kkk