segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quando o amor se chama Casal, o Jardim pode ser de Esperanças!


O casal que nos recebeu em sua chácara em Atibaia, nesse fim de semana, para mais um Sarau desse Coletivo, é um casal que se ama. É esse amor que faz Isa dizer de Dagô, na dedicatória de seu livro – após falar das raízes que sua mãe lhe deixou de herança e das asas que seu filho lhe proporcionou  que ele, Dagô, aduba suas raízes e lhe acompanha em seus vôos.
Um desses vôos lhes permitiu fincarem raízes em Atibaia, após adquirirem os terrenos que, hoje, constituem a chácara Jardim das Esperanças. Em cada placa esculpida em madeira, desde a Alameda das Fadas Madrinhas, na entrada, e em cada cantinho, em cada pedra, que foi pessoalmente colocada pela proprietária – seja na gruta da Santa ou no lago de peixes no interior da sala principal – tudo revela e expressa esse amor verdadeiro, sentimento que permitiu que o casal ainda abrigasse na chácara o pai de Isa, Sr. Aparecido, de 86 anos, e também acolhesse Bruno, que amam como a um filho e que foi nosso GPS de “carne e osso” durante a viagem da caravana. Aliás, de quem também aprendemos, além de chegar ao local, o que significa um testemunho de que é possível ter simpatia franca, sincera.
Gilson nos disse que sempre que fazemos o Sarau fora da cidade de São Paulo receamos um desfalque entre os participantes, mas que não foi esse o caso, em absoluto. Sim, afinal nessa edição alcançamos o número de 22 pessoas queridas e de bem com a vida!
Ouvimos histórias, muita poesia, fizemos uma leitura dramática, também cantamos. Isa ainda nos brindou com a leitura de um artigo acadêmico de sua autoria que, como modestamente ela nos comprovou, não era tradicionalmente acadêmico, mas antes um arejado libelo contra o preconceito racial.
A reunião em torno da grande e farta mesa foi uma constante nos dois dias que ficamos nesse jardim. O ar puro bafejava a espontaneidade do grupo. Não havia rusgas porque todos se sabiam verdadeiros nas suas possíveis idiossincrasias. Havia aquela felicidade característica de quem sai da grande metrópole para estar em meio à natureza e em boa companhia.
Sobretudo, foi significativa a lição de que o cuidado que temos que ter com cada um se faz por gestos e que, onde a palavra falha, esse gesto a recobre para que de novo essa palavra renasça na forma de poesia: o verdadeiro alento para todos aqueles que são como Isa e Dagô, ou seja, trabalhadores, destemidos, senhores do seu próprio castelo, o que permite que possam abrir suas portas para dar repouso e acolhida para todo aquele que, além de tudo, seja um amante da poesia e da arte. Graças a Deus!

14 comentários:

  1. Amém Josafá. Você deu a largada na semana que nos espera para ruminarmos tudo o que você conseguiu traduzir nesta sua postagem. Parabéns, bela postagem.

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  2. Yeah!!!
    Amoooo esse povoo!
    Haha encontrei vcs meus queridooos. Josafá, muito obrigadooo por existir!
    bjo

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  3. Queridos,
    Somos todos agraciados por dons divinos, eu que não sou poeta, devolvo ao ar o que tomo de vocês.

    Pegar o gancho no coletivo é servir-se do bom e do melhor com todos os sentidos prontos para receber e compartilhar, é não precisar de armadura contra falsidade.

    Isa e Dago, a brisa que deixamos é parte da que trouxemos perfumada de amor e poesia.
    Amo vocês mais e sempre!

    Beijos com gosto saudade.
    Elza

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  4. Josafá, meu anjo querido, como estou feliz por você ter cruzado o caminho de nosso Coletivo. Quanta sensibilidade e generosidade no apanhado do sarau realizado naquele local tão lindo, tão cheio de paz. Criatura observadora e disseminadora de esperança, você É.
    Marli Pereira

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  5. Oi Amigos...
    Eu, que quero viver pra sempre, escrevo daqui, do ano 2050 para dizer que aquele dia está ainda impregnado na memória... na memória da pele... da alma.

    Cheiro de eternidade

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  6. Josafá,
    Você tem razão, o casal Isa e Dagô dá gosto de ver... Haja cumplicidade!

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  7. Não é mesmo Lau? A postagem podia ter esse título: Isa e Dagô - dá gosto de ver! rsrsrs

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  8. Marli,
    suas palavras sempre me emocionam. Merci linda!

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  9. Josafá, você parece de carne, mas é feito de luz! Obrigada por essas palavras tão lindas e bem articuladas. Foi e sempre será um prazer tê-los aqui conosco, em nosso Jardim das Esperanças.

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  10. eu caí, meio que de pára-quedas, neste mundo de fantasia. um pouco de mim se recusa a sair do Jardim das Esperanças. senti-me como um personagem de passagem, uma palavra que se encaixou numa frase que já estava completa ou quem sabe, um ponto de exclamação, uma singela vírgula dentro deste livro vivo que Isa e Dagô escrevem com carinho, um pouquinho, todos os dias.
    Mercedes

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  11. Essa semana inteira está uma emoção por conta do que vocês nos proporcionaram Isa! Merci!
    Mercedes, nesse grupo eu te vi como um apóstrofe (*) Sabe? Esse sinalzinho que parece uma estrelinha e que a gente põe ao final da frase, remetendo o leitor a um outro lugar: onde se explica, normalmente no rodapé, algo que ainda não cabia de todo ali, mas que era fundamental que se dissesse. No seu caso a mensagem a que o apóstrofe remete diz: "a verdadeira militância é a daquela que defende o jardim de sua casa!"

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  12. Antes de tudo, quero agradecer a todos vocês pelo sarau na casa da Isa e Dagô - foi de uma harmonia ímpar. Nós somos tão lesados em nossa sensibilidade na confusão do cotidiano, que encontros como este nos fazem refletir e sentir o outro. Eu, particularmente, adorei e gostaria muito de continuar participando.
    Josafá, querido, vc é d+. Com tantos detalhes, vc se lembrou do jardim da minha casa e do meu empenho para que ele não se transformasse em mais uma garagem! Você me resumiu com muita sabedoria - um apóstrofe. Acho que era isto que eu queria dizer no texto acima, apenas não sabia como. Estou meio enferrujada para escrever, mas depois, com tempo, vou tentar escrever um texto sobre as minhas impressões sobre o Jardim das Esperanças e o carinho que senti por todos vocês!!!
    um grande " dagôbraço" para vocês.

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