domingo, 16 de outubro de 2011

POÉTICA





















Pra que serve minha poesia?

Qual seria a sua serventia?

Se passa noite e vira dia,

Palavra, língua selada sem leitura ou ousadia?

O verbo se revira na virtualidade de uma tela branca, de vida vazia?

De um espaço sem nome e identidade tardia,

Disse, diz e dirá à quem essa tal poesia?

E, se mesmo ciente dessa realidade fria,

Insisto e persisto no palavrório desta elegia.

Faço-me poeta, crendo e contendo sua suposta magia...


15/10/2011 – 18:08
Chiquinho Silva

3 comentários:

  1. Magia. É exatamente para despertá-la que serve sua poesia. Encantamento é o que contém em cada uma de suas poesias que tenho o prazer de ler em toda manhã de domingo. Mesmo com chuva, a sala parece conter todo o brilho e o calor do sol. Continue poetando, Chico!
    Marli Pereira

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  2. Uma vez enviei uma carta em espiral para uma amiga que revelou ter ficado tonta depois de ler...
    Escrevo, principalmente e em primeiro lugar, para mim...
    Cheiro

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  3. Lembrei de quando trabalhei na Fundação Casa. Líamos alguns poemas com os adolescenes nesse formato, muito legal. Outro dia Josafá postou um vídeo em que a pergunta era pra que serve a utopia?? Acho que a resposta para a pergunta para que serve a poesia vai na mesma direção... continuar caminhando, sonhando, vivendo, etc.

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