""O preconceito é uma atitude, enquanto a discriminação é uma ação". A discriminação é um jogo aberto, o preconceito é uma atitude discreta, velada. E, no Brasil, é impossível estabelecer os limites entre o preconceito racial e o preconceito social. O elevado status sócio-econômico consegue, entre nós, embranquecer um negro. Mas a extrema pobreza poderá, também, enegrecer um branco.
Um antropólogo americano, estudando o relacionamento racial no Brasil, resumiu as relações entre cor e classe em nosso país nos seguintes termos:
"Um negro é qualquer um dos seguintes:
- Um branco muito pobre
- Um mulato muito pobre
- Um mulato pobre
- um negro muito pobre
- um negro pobre
- um negro medianamente rico
Um branco é qualquer um dos seguintes:
- branco muito rico
- um branco medianamente rico
- um branco pobre
- um mulato muito rico
- um mulato medianamente rico
- um negro muito rico"."
Penso que falar, escrever, refletir sobre a questão negra é muito mais do que podemos tentar imaginar. São vidas, pessoas, um povo. Não é refletir sobre uma questão qualquer, é pensar o outro, o "ser negro".
"O preconceito é uma atitude discreta, velada" Mas não tão discreta e nem tão velada assim...
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