Nomearam-me Francisco.
Poderia ter sido Neto, não fosse o Silva de meu pai
sobrepor-se ao Medeiros de minha mãe.
Meu avô materno era outro Francisco nordestino,
talvez assim nomeado na inspiração do imenso rio que, contraditoriamente, corta caatingas e
dá uma sensação de mar ao clima desértico daquele sítio.
Fiz-me, desse jeito, Francisco José e, ainda, Silva
para me confirmar brasileiro e filho de gente de poucas posses. Sou a continuidade dos Franciscos retirantes;
dos Chicos sem herança; dos Chiquinhos pés descalços;
dos homens livres que vieram de terras francesas,
segundo os latinos.
Sou, de fato, o Chiquinho,
filho caçula de dona Antonia e de seu Antonio;
o Chiquito de outras vozes;
o Fran dos que temem que me sinta mais macaco que na origem;
o Kiko de carinho certo;
o Chi do mínino esforço.
Algumas interpretações me dizem pessoa “de caráter firme e audaz, mas que encontra problemas no relacionamento social porque quer que sua opinião sempre prevaleça”, uma vez mais reafirmando minha teimosia e minha mania de perfeição,
embora conscientemente imperfeito.
Sou Francisco. Sou o que sou.
São Paulo – Dezembro de 2008
Franciso-Fran-Kiko-Chi... é Chinês?
ResponderExcluirÉ Brasileiro mesmo e é coisa nossa!
Feliz por estar no Blog!
Cheiro de Inspiração...