Querida Luiza!
Que bela reflexão nos proporcionou nesta quarta feira. Me inspirou postar este texto poético que talvez alguns amigos já conheçam, mas é propício para este clima poetico-filosófico:
Hoje é mais um dia dos dias em que eu não sei do que nao vivi. E este mistério é sagrado! Não ousemos desvendar, pois o nao vivido é o que nos sobra pra guardar e desvelar na manhã! Caixinha de surpresas onde cabem o que ainda não ousamos ser, por que tudo é absoluto. Prefiro o não-tudo que se descobre no passar dos raios.
Eu sei do que vivi ou do que ousei tornar existência, mas o que há na caverna pode ser mais sublime do que a paisagem que os olhos já não se surpreendem, pois a novidade do já, tão logo se cristaliza. Ai vem a sede que não se sacia! a saudade que nao se mata! esse desejo assassino que almeja abortar o nada cheio de fertilidade quando mãos semeantes lançam sementes em receptivas terras.
Prefiro o daqui a pouco com o gozo intenso do agora! Essa sensação dos dedos que aponta para uma próxima página...
Exijo minha ignorância. E já!
Eu quero ser esse antes que agora é, e que daqui a pouco vai ser um “é” longe desse “é” que já se degustou saciante. Quizás um “é” assim: É!
Eu me quero amanhã... deslizante... bailarino... como um não sei o que serei na despedida da lua. Eu me quero amanhã como uma surpresa que se sabe vida ignorante de si mesma!
Quem me dera apreender da água essa liberdade de mergulhar do alto vivendo-se vida deslizante que beija o rio manso... Mãe água que lava a face do tempo que se despede sempre e fatigado de si mesmo...
E eu, que por horas a fio, planejei escrever sobre aquele menino pobre e bailarino que me emociona com o abuso de seus movimentos plásticos e ainda inocentes... cá estou a me debruçar sobre o que nao sei...
Hei! Menino bailarino! pequeno revolucionário dos desejos masculinos infantis... deixe-me aprender contigo o que nao sei... na tua dança ainda em gestação ensina-nos a apurar a preciosidade da caverna para sabermos voar!!! E voar na direção da luz, porem, sem nunca sermos todo iluminado!
Como é sagrado "o momento corrente".
ResponderExcluirÉ nele que vivo, deixando-me correr,
Se assim não for surto-me.
Gilson que gostosa sua postagem, pra ler, reler...
E sei que relendo vou encontrar novas dicas para meu viver.
Quero, sua risada mais gostosa, esse seu jeito de achar, que a vida pode ser maravilhosaaaa.....
ResponderExcluirQuero, sua alegria escandalosa, essa vontade de saber como se gozaaaaaa........
Carne viva!!!!!!!
Marli Pereira